As Graves Consequências para a Criança ao Presenciar Conflitos entre os Pais, Sejam Separados ou Não
Por Dr. Guilherme de Carvalho, Sócio Fundador do Escritório Carvalhos Adv
É crucial reconhecer as graves consequências que as crianças podem enfrentar ao presenciar conflitos entre os pais, independentemente de estarem separados ou não. A exposição contínua a um ambiente de hostilidade e conflito podem ter um impacto profundamente negativo no desenvolvimento emocional e psicológico da criança.
É de suma importância que os pais se atentem a que tipo de comportamento estão produzindo na frente de seus filhos e enteados, isto porque, como veremos adiante, a conta cedo ou tarde vai chegar.
Nossa sociedade está líquida, e as relações em geral também estão.
Hoje as pessoas não têm mais apego nas relações interpessoais como há 20 ou 30 anos, e menos ainda nas relações amorosas, porém muitas vezes casais não se separam por terem vínculos financeiros que os mantém presos na relação tóxica ou doentia. E não estamos falando de casais endinheirados, estamos nos referindo a casais que ficam acomodados e se apoiam para sobrevivência no cotidiano.
Este é o principal foco desse ensaio, dado ao fato de que, ao viverem mal, com pouco ou nenhum respeito. Se maltratam, se ferem e até mesmo se agridem na frente dos filhos e acham que nenhum grande malefício ocasionará a estes -, que é “normal”.
E quando conseguem finalmente se desvincular do seu antigo cônjuge, seus filhos estão presenciando essas repetições de padrões, mas agora com estranhos e quiçá, em dose dupla.
Aqui um adendo para falar sobre as relações líquidas.
Na velocidade da internet, tudo está insaciável. Depois que o casal se separa, arrumam outro relacionamento, e após passar a fase da paixão, acaba o encantamento e trocam de novo de parceiro em tempo cada vez mais recorde.
E eu nem preciso dizer que esse ciclo vai danificar o emocional do seu filho, não é mesmo?
Já aí você consegue perceber que os filhos desses casais são crianças tímidas, introspectivas, apáticas, alheias, indiferentes ou hiperativas. Algumas fazem xixi na cama até mais tarde, outras são agressivas ou medrosas, e que à medida que crescem ficam cada vez mais desenquadradas do natural comportamento social que as rodeiam, seja na escola, no trabalho ou no relacionamento amoroso.
Bem pontuou Prof. Laércio da Silva Chama que esclarece que essas crianças não pertencem à família natural, infelizmente. E – sem exageros – que os danos podem acompanhá-los por toda a vida.
Efeitos Traumáticos no Desenvolvimento Infantil
Estudos mostram que crianças expostas a conflitos parentais frequentes têm maior probabilidade de desenvolver problemas emocionais, comportamentais e de saúde mental. O estresse constante causado por brigas e discussões podem levar a uma série de problemas, incluindo ansiedade, depressão, problemas de sono e dificuldades de concentração na escola.
Prejuízo nas Relações Interpessoais
Além disso, a exposição a conflitos parentais pode prejudicar as habilidades sociais e de relacionamento da criança. Ela pode aprender modelos negativos de comunicação e resolução de conflitos, o que pode afetar suas interações com os outros e dificultar o estabelecimento de relacionamentos saudáveis no futuro.
Impacto na Autoestima e Autoconfiança
A constante exposição a conflitos entre os pais também pode minar a autoestima e a autoconfiança da criança. Ela pode internalizar os conflitos como um reflexo de sua própria inadequação ou culpabilidade, o que pode levar a problemas de autoimagem e autoestima prejudicada.
Risco de Problemas de Comportamento
Além disso, crianças que crescem em um ambiente de conflito parental têm maior probabilidade de desenvolver problemas de comportamento, como agressividade, rebeldia e delinquência. A falta de estabilidade e segurança emocional podem levar a comportamentos disruptivos e desafiadores, tanto em casa quanto na escola.
Protegendo o Bem-Estar da Criança
Diante dessas graves consequências, é ainda mais importante que os pais busquem a assistência de um advogado para regularizar a situação civil após o fim do casamento. Mas o que muitos não sabem, é que o advogado pode, inclusive, proteger o menor mesmo depois que o cônjuge se relacione com uma terceira pessoa que venha a gerar qualquer dano psíquico à criança como, alienação parental ou qualquer tipo de assédio.
É bom enfatizar que as relações que norteiam a criança devem ser saudáveis e que o juiz deverá mandar os profissionais de saúde onde reside o menor, fazer estudos psicossociais permanentes enquanto se mostrar necessário para monitorar o desenvolvimento dessa criança vítima de violência doméstica, sem custos!
Ao criar um ambiente seguro e estável para a criança, os pais – juntos ou separados – devem proteger acima de tudo – seu bem-estar emocional e psicológico e minimizar o impacto negativo dos conflitos familiares em seu desenvolvimento.
Conclusão
Em conclusão, é fundamental reconhecer os graves efeitos irreversíveis que os conflitos entre os pais podem ter no bem-estar e desenvolvimento das crianças. É importante tomar consciência sobre a nociva liquidez das novas relações humanas e como isso afetará você e principalmente seus filhos.
Ao buscar a assistência de um advogado para regularizar a situação civil após o fim do casamento, os pais podem proteger seus filhos do trauma emocional e psicológico associado à exposição a um ambiente de hostilidade e conflito.
Investir na criação de um ambiente seguro, estável e livre de conflitos é essencial para garantir o bem-estar futuro das crianças e promover seu desenvolvimento saudável e um futuro feliz.
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