Pessoas com Deficiência necessitam de mais atenção do SUS
Considerado mundialmente uma referência no atendimento à saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil ainda está longe de atender as necessidades básicas de todos os brasileiros. O Artº 196 da Constituição diz: “saúde é direito de todos. É dever do estado garantir a saúde por meio de políticas sociais e econômicas. O objetivo é reduzir o risco de doença com acesso universal e igualitário às ações de proteção e recuperação”. Na prática, isso ainda não acontece entre as pessoas com deficiência é o que mostra o Protótipo do Índice Nacional de Inclusão Olga Kos da Pessoa com Deficiência (INIOK-PCD).
Nesse particular, alguns serviços de apoio não são assegurados ou quando ocorrem são feitos de forma morosa e burocrática. Além disso, são descontinuados em muitos casos, por exemplo, atendimentos que envolvam psicologia, fisioterapia e fonoaudiologia. A consequência direta disso é que o tratamento acaba sendo custeado pelos familiares das Pessoas com Deficiência, retratando uma desvantagem social e ampliando o abismo econômico. Entre os 150 entrevistados – familiares e beneficiários do Instituto Olga Kos (IOK), 22% responderam pertencer a classe D e 63% da classe E.
Ainda no campo da saúde, um dado chamou a atenção. Entre os entrevistados, 22% responderam apresentar uma doença pré-existente e dentro desse recorte 69% fazem uso de medicamento antidepressivo. Alguns fatores podem contribuir para esse cenário: sentimento de exclusão, depressão e preconceito. Uma política pública de inclusão que envolva as esferas governamentais e setores de desenvolvimento: educação, esporte e saúde podem contribuir para mudar essa triste realidade brasileira.
Os dados da pesquisa foram coletados entre os participantes das atividades desenvolvidas nos institutos parceiros do IOK entre setembro de 2021 e março de 2022, localizados na região metropolitana de São Paulo.