Bruxismo cresce na pandemia: Dr. Paulo Antonioli ensina como evitar o problema

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Relacionado ao estresse, o problema atingiu mais brasileiros durante a pandemia e acende alerta para a saúde bucal durante a crise sanitária

A boca e o sorriso se tornaram uma das partes do corpo menos observadas durante a pandemia, isso porque as máscaras se tornaram item obrigatório no combate à covid-19. Para além disso, as idas ao dentista diminuíram no início da crise sanitária, porém não foi apenas nesses quesitos que a saúde bucal foi atingida. Com o aumento nos níveis de estresse, um problema passou a ser comum nos consultórios: o bruxismo.

Doença relacionada à ansiedade e ao estresse, o problema é caracterizado pelo apertar os dentes ou serrar a mandíbula em excesso, conforme explica o Dr. Paulo Antonioli. “Toda essa tensão acaba sendo liberada nos dentes, podendo acontecer no período noturno ou diurno. Na pandemia aumentou muito os casos de bruxismo devido ao aumento da ansiedade e com isso aumentou no consultório os pacientes com dentes quebrados ou desgastados e também com dores musculares e na articulação”, afirma.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% da população brasileira sofre com o problema, índice que cresceu durante a pandemia. Segundo o mecanismo de buscas Google, o termo “bruxismo” teve aumento de 17% em 2020, quando em comparação com 2019 — números que o Dr. Paulo sentiu refletir dentro do consultório.

Conforme o odontologista explica, o problema além de comprometer os ossos e os músculos da face, pode causar também a quebra e desgaste dos dentes, se tornando também um problema do ponto de vista estético. “Acredito que o aumento acelerado da ansiedade e o sono desequilibrado tem como maior consequência o bruxismo. Além disso, a quebra de dentes na parte da frente compromete a estética, mas esses desgastes na parte de trás também comprometem a mastigação e tudo isso impacta na qualidade de vida do paciente, que já não está equilibrada devido ao cenário atual”, alerta.

Para tratar o problema, o Dr. Paulo Antonioli aponta que pode ser necessário um atendimento multidisciplinar, o que envolve não apenas dentistas, mas também médicos e psicólogos.  “Há diversos caminhos como placas para estabilizar, que são bastante usadas em casos como esses, assim como fármacos, tratamentos psicológicos para diminuir a tensão do dia a dia e também tratamento alternativos como a acupuntura”, aponta.