Como Proteger Nossas Crianças da Epidemia de Obesidade.Na visão da Dra. Sandra Regina:

O futuro das crianças brasileiras está sob ameaça. Segundo estimativas, até 2035, metade das crianças e adolescentes poderá enfrentar problemas de sobrepeso ou obesidade, impactando diretamente sua saúde e longevidade. Para a Dra. Sandra Regina, especialista em obesidade e saúde metabólica, este é um alerta grave. “Não estamos lidando com algo temporário. A obesidade infantil é a porta de entrada para mais de 200 doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão, AVC, problemas cardíacos e até 13 tipos de câncer”, afirma.  

A principal causa desse cenário é a combinação de hábitos alimentares pouco saudáveis, como o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, com a falta de atividade física. Esses fatores, aliados ao sedentarismo, criam um ambiente propício para o aumento de peso ainda na infância. O dado mais preocupante? Crianças obesas têm até 90% de chance de se tornarem adultos obesos, perpetuando um ciclo que compromete não apenas a saúde individual, mas também a saúde pública e a economia do país.  

A Dra. Sandra Regina destaca que a solução para esse problema passa pela educação alimentar nas famílias e nas escolas, com a inclusão de alimentos frescos e naturais na dieta. Além disso, a prática regular de atividades físicas deve ser incentivada, assim como a redução do tempo em frente às telas, que tem contribuído para o sedentarismo infantil.  

“É essencial que os pais entendam que pequenos ajustes no dia a dia podem fazer toda a diferença. Introduzir hábitos saudáveis desde cedo pode garantir um futuro mais promissor para as crianças”, reforça a Dra. Sandra. Ela também enfatiza a importância de acompanhamento médico regular, para identificar possíveis riscos e atuar preventivamente.  

O combate à obesidade infantil não é apenas uma questão de saúde individual, mas uma responsabilidade coletiva. Para evitar um colapso no sistema de saúde no futuro, é preciso agir agora, unindo esforços de famílias, escolas e profissionais da saúde.

A obesidade infantil é mais do que uma questão estética; trata-se de um desafio multifatorial que exige ações urgentes e coordenadas. Estudos indicam que crianças com sobrepeso enfrentam dificuldades sociais e emocionais, como baixa autoestima e maior risco de ansiedade e depressão. Para a Dra. Sandra Regina, a solução está em investir na conscientização da sociedade e no empoderamento das famílias. “Precisamos criar um ambiente que favoreça escolhas saudáveis. Isso inclui desde políticas públicas de incentivo à alimentação saudável até campanhas educativas sobre os riscos do excesso de peso na infância”.