Dr. Tiago Medeiros Explica: A Nova Diretriz da European Society of Cardiology para Hipertensão e Seus Impactos

Na edição de 2024, a European Society of Cardiology (ESC) introduziu um diretriz revolucionária sobre hipertensão, gerando grande impacto no mundo médico. Com uma visão atualizada e rigorosa, essa diretriz redefine o tratamento e a classificação da hipertensão, uma das principais ameaças à saúde global.

Segundo o Dr. Tiago Medeiros, especialista em cardiologia RQE 6217, a nova diretriz visa identificar com mais precisão os diferentes graus de pressão arterial (PA) e adaptar o tratamento a cada caso. A pressão arterial agora é dividida em três categorias: PA não elevada, PA elevada e hipertensão. “Essa nova classificação permite que pacientes com níveis de PA antes considerados normais agora recebam atenção e cuidados preventivos mais direcionados e precoces”, destaca o Dr. Tiago.

Um dos pontos mais inovadores dessa diretriz é a recomendação para que a medição da PA seja feita fora do ambiente clínico, através de monitoramento residencial (MRPA) ou ambulatorial (MAPA). “Essa prática ajuda a evitar diagnósticos incorretos de hipertensão e permite que o tratamento seja mais personalizado”, explica Dr. Tiago, enfatizando que dispositivos osciométricos (monitor de pressão arterial automático) são preferidos, enquanto o método auscultatório tradicional ainda é e deve ser utilizado em casos de arritmias como a fibrilação atrial.

Outra novidade é a ênfase no monitoramento da pressão arterial pelo próprio paciente, incentivando a adesão ao tratamento e promovendo uma conscientização maior sobre o próprio estado de saúde. Contudo, Dr. Tiago ressalta a importância de realizar essas medições com moderação: “Verificar a pressão arterial com muita frequência pode levar a leituras incorretas e aumentar a ansiedade do paciente.”

Em relação ao tratamento, a diretriz propõe uma abordagem personalizada, onde a avaliação dos riscos cardiovasculares do paciente é fundamental. Modificações no estilo de vida são priorizadas para casos de PA elevada, mesmo sem diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica, enquanto o tratamento farmacológico é recomendado mesmo para não hipertensos, mas com níveis de pressão a partir de 130/80 mmHg em pacientes com risco cardiovascular elevado. Dr. Tiago ainda alerta: se você é hipertenso e usa apenas uma medicação para controle da pressão arterial, provavelmente você não está fazendo o tratamento corretamente. Converse com seu cardiologista.

Para o futuro, as novas diretrizes trazem esperança ampliando as opções terapêuticas. O Dr. Tiago Medeiros acredita que essas mudanças são um marco importante na medicina cardiovascular, reforçando a importância da prevenção e da individualização do cuidado no combate à hipertensão.

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