A corrida do ouro: comércio de segunda mão dispara
O método que já era conhecido entre os brasileiros apresenta a tendência de alta
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil possui 13,5 milhões de desempregados atualmente. A inflação fez com que os preços disparassem. Os bancos estão negando empréstimos. Toda essa crise fez com que um antigo hábito voltasse a ser a saída para quem quer uma grana extra na hora: vender joias. Diante da falta de opção de penhora, empresas que comercializam joias de segunda mão registraram crescimento na procura de interessados em vender esses itens para conseguir alguma renda.
Latife Elias, atual CEO da Ely’s Joias, uma fábrica especializada em compra e venda de ouro, criação e ressignificação de joias, fala sobre a alta do ouro. “A venda do ouro serve para usar esse dinheiro de alguma forma, seja para pagar uma conta, para fazer uma mudança ou até mesmo uma viagem”, ajudando financeiramente às famílias que foram prejudicadas financeiramente desde o começo da pandemia.
“Com essa valorização, as pessoas passaram a pensar no ouro não só como um adorno, como enfeite, mas também como investimento”, afirma Latife. De acordo com Andy Hetch, ex-trader da Philip Brothers, em entrevista ao portal Investing.com, 2022 será um ano mais favorável para o ouro por conta da alta inflação do mundo, além disso, os governos e bancos centrais continuam sendo compradores líquidos de ouro já que o metal integra as reservas de câmbio internacionais.
“Há diversos fatores que agregam ao valor da peça, feitio da joia, a marca dela, o design, isso tudo é levado em consideração na hora da avaliação, além disso, a joia tem o valor do metal, da pedra utilizada, da assinatura, tudo isso tem uma consequência no valor”, explica Latife sobre a variação durante a avaliação de compra do ouro.