Com a batida certa, Metturo combina reggaeton e funk

Por Aline Ferreira

Metturo conta que quando era criança, contou muitas estrelas cadentes e fez pedidos. “Sabemos que as estrelas cadentes são meteoritos certo?Sempre acreditei que um dia meus pedidos iriam se realizar mas nunca aconteceu. Então decidi ser minha própria estrela cadente e fazer meus sonhos acontecerem, então a fascinação pelos meteoros fez nascer o Metturo, basicamente Metturo significa estrela cadente ou meteoro”, conta o cantor.

Sua trajetória na música foi de repente, sempre quis ser artista, cresceu fazendo teatro e embora apaixonado por música, não era de cantar, por achar que não tinha voz pra isso.

Sempre envolvido com música, Metturo explica que cresceu ouvindo MPB e internacional, nomes como Cazuza, Shakira e Freddy Mercury foram presentes em sua rotina.

Em 2020,  decidiu música, lançando alguns singles, mas depois de um mês removeu das plataformas porque não foram bem recebidos.

“Desisti da ideia e voltei em 2021, compondo novas letras e gravando novamente. Sou artista independente nunca tive ajuda, pois ninguém queria me ajudar, até encontrar um amigo que me ajudou a gravar, editar e distribuir”, destaca.

A música latina e o reggaeton foi um ritmo que Metturo se conectou tendo forte ligação com o povo mexicano, por ser descendente deles. Isso explica sua paixão pela cultura mexicana e a facilidade com o idioma espanhol.

O artista relata também que foi humilhado pela Igreja Universal, em uma época conturbada, quando seu Facebook caiu e era com isso que se sustentava.

Entrou em depressão e procurou ajuda da Igreja Universal.

“Quando cheguei lá me trataram muito mal, não me receberam bem, me olharam de olho torto, e ouvi duas pessoas de lá cochichando, falando de mim. O pastor quando me viu mudou o assunto e passou a falar da homossexualidade, falando que era pecado e que nós iríamos pro inferno e iríamos ser condenados, eu estava na primeira fileira e senti que era comigo, porque ele mudou de assunto quando me viu”, destaca.

O artista menciona que quando o culto acabou falou com o obreiro pra pedir oração e foi mal tratado.

“ele falou de tal forma: Vamos orar aliás você precisa, pois já está quase condenado ao inferno, com essas tatuagens, com esse jeito tão delicado. Eu fiquei revoltado e disse como assim? Então o pastor pegou meu nome pra orar. Uma semana depois o mesmo obreiro me investigou, descobriu meu Instagram e fez uma postagem falando mal da minha música”, continua.  Seu Instagram recebeu diversas denúncias e foi desativado.

“Tive diversas portas fechadas e pouquíssimas janelas abertas. Não foi nada fácil, pois sou muito hateado pelas misturas culturais que tenho feito. Isso é resultado de não ter ajuda o suficiente para saber entrar no mercado musical. Acredito no meteoro que sou, porque foi por isso que o Metturo nasceu, ele é arte, ele é brilho, ele é força ele é resistência”, completa.

Metturo pretende ainda lançar feats no mundo do Funk.