Cirurgião plástico Ronaldo Soares alerta mulheres que possuem prótese de silicone para que tomem cuidado com inflamações
É fundamental também observar os devidos cuidados para que a mulher não passe por graves problemas
Um procedimento estético muito comum às mulheres é a utilização de próteses de silicone nos seios. Em busca de um embelezamento que traz grandes vantagens, é fundamental também observar os devidos cuidados para que a mulher não passe por graves problemas. Exemplo disso é quando a região fica inflamada por um trauma. Quem tem silicone pode ter a chance de inflamação na região maior do que a pessoa que não a possui, alerta o cirurgião plástico Ronaldo Soares, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Dr. Ronaldo explica que os seios ficam mais suscetíveis ao problema devido ao espaço criado para a colocação do material. “O trauma causa um sangramento. No caso de prótese mamária, esse acúmulo de sangue pode ocorrer na cavidade onde está a prótese mamária, provocando inflamação. Esse acúmulo de sangue pode servir de cultura para bactérias, resultando em uma infecção bacteriana”.
De acordo com o cirurgião plástico, ao ter a região inflamada, a mulher precisa fazer uma série de exames. “Além de exames físicos, ultrassom e ressonância magnética, geralmente são realizados exames de sangue para verificar se há infecção por bactéria, que é sinalizada pelo aumento dos glóbulos brancos, células de defesa do organismo”.
Vale a pena observar que os principais sintomas de inflamação nos seios de silicone são dor intensa em apenas um dos seios, aumento de volume em apenas um dos seios, mudança da coloração (fica avermelhado) e de temperatura (quente) “Já quando há infecção bacteriana há mal-estar, febre e pode sair pus. Neste caso, é preciso retirar a prótese mamária pelo período de um a três meses até que seja controlada a infecção”, orienta Dr. Ronaldo.
Por outro lado, em seios naturais, tal situação é rara. Isso devido à cavidade existente no caso do uso de próteses mamárias. “Nos seios naturais as glândulas estão grudadas no músculo peitoral e o sangue do trauma fica infiltrado nos tecidos”, completa o médico.