Zoom Fatigue – Excesso de videoconferência pode levar a exaustão

A pandemia deixou todo mundo sem saber como reagir ao Coronavírus, foi necessário se adaptar rapidamente para conseguir encarar essa realidade da melhor maneira possível. O home office passou a ser rotina, visita de parentes e amigos foram proibidas, mas como fazer para dar continuidade na produtividade e amenizar a saudade dos entes queridos? A videoconferência passou a predominar, as aulas, reuniões de trabalho, comemorações e até na hora de se exercitar elas viraram necessárias.

Porém, depois de tantas vídeos conferências e diversos aplicativos para facilitar a nossa vida, chegamos em um momento de exaustão, a maioria das pessoas agora, se recusam a usar essa demanda se não for extremamente necessário. Este esgotamento recebeu o nome de Zoom Fatigue ou Zoomdemia. O excesso de uso das plataformas como Whatsapp Vídeo, Zoom e Skype tornaram a grande exposição na frente dos aparelhos eletrônicos em algo extremamente cansativo, gerando dores de cabeça, excesso de esforço do cérebro para interpretações e dores musculares.

Segundo Ester Gomes, especialista em desenvolvimento humano e pós graduada em neurociência o correto era impor limites de horário.

“Outra dica que eu dou para os gestores e avaliar se as reuniões são mesmo necessárias. Se não podem ser resumidas em um e-mail, por exemplo. Se desligar por alguns minutos pode ajudar inclusive na produtividade. E funcionário deve sair da frente do computador e dar uma volta, mesmo em casa”, orienta a especialista.

A atriz e professora de yoga, Vivi Cataldi avalia que no começo da pandemia, era divertido realizar as chamadas de vídeos, mas depois de algum tempo, foi ficando mais cansada e se sentindo muito desconfortável. Agora, ela só faz uso dos aplicativos se for em caso apenas de trabalho. Com família e amigos se comunica por telefone e evitar as videoconferências.

“O pacote de internet que eu achava que era interminável simplesmente parou no meio de uma aula. E ainda faltavam outras duas. Nesse momento eu pensei: ou eu posso ficar muito chateada, ou eu posso entender que isso é uma forma do universo dizer para eu parar e respirar”, analisou Vivi.

O Home Office permanecerá mesmo após a pandemia em muitas empresas e para que o cansaço não seja um problema a especialista Ana Chauvet orienta que o funcionário tenha um planejamento do seu dia:

“Faça uma planejamento das reuniões e estabeleça distâncias entre uma e outra. Informe a verdade caso esteja com exaustão mental e remarque o bate papo”, aconselha.

O estresse também pode estar relacionado ao medo das câmeras. A coach e apresentadora Jana Moraes enfrenta uma rotina de gravações intensa desde de 2017, especialista em Lives, ela dá dicas valiosas para enfrentar esse medo das câmeras e fazer com que as suas reuniões não sejam exaustivas:

“Feito é melhor que perfeito. Não se cobre tanto. Estude o que você vai falar, faça um roteiro com os tópicos mais importante, beba água e respire fundo. A internet é bem mais flexível. Mas quer uma dica simples e imbatível? Sorria! O sorriso abre portas”, recomenda.

A fonoaudióloga Laila Wajntraub, CEO do Clube da Fala, também recomenda cuidados específicos com a voz para não ocasionar problemas de saúde:

“Estabeleça um intervalo de trinta minutos entre uma reunião e outra. Escolha um ambiente silencioso. Tenha uma postura ereta e adequada. Se alimente de três em três horas. Use o microfone para preservar a voz. Se alongar com frequência e se movimentar entre uma reunião e outra. Não consumir bebidas muito quentes ou geladas. Evitar bebidas alcoólicas. Evite ambientes com ar condicionado”, orienta.